A
estratégia tem sido objeto de estudo de vários autores desde a antiguidade, e deriva literalmente da palavra Strategos, com origem na Idade Antiga, especificamente na Grécia.
Strategos
referia-se, inicialmente, a um papel (um general
no comando do exército). Posteriormente passou
a significar “a arte do general”, ou seja, as habilidades
psicológicas e comportamentais com as quais
exercia o seu papel. Ao tempo de Péricles (450 a .C), passa a significar
habilidades gerenciais (administração, liderança, oratória, poder). E ao
tempo de Alexandre (330 a .C), referia-se a
habilidade de empregar forças para sobrepujar a
oposição e criar um sistema unificado de governo
global (QUINN apud MINTZBERG; QUINN, 2001 p. 20).
Grave e
Mendes (2001) concordam com a origem da
palavra Strategos, que representa, naquela época,
de um modo estrito, um general em comando de
exército, pois a desmembrando temos estratos que
significa exército e conduzir. Para a estratégia se efetivar era preciso alguém responsável pelo seu público, escolhido no meio da sociedade e que possuísse competências estratégicas, disposto a assumir a frente do exército, podendo assumir outras funções, em tempos de paz, no governo, cívicas e políticas, e com habilidades psicológicas e
comportamentais, liderança e capacidade de se sobrepor à oposição. Temos, então, a estratégia como: Uma ordem superior, uma medida de ação e um meio de comandar.
A mesma
origem é proposta por Robert (1998, p. 31),
“a palavra estratégia é de origem militar, deriva
do termo grego, estratégia que significa o escritório
do general”. Com o passar do tempo passou a
assumir algumas variações, abrangendo outras
áreas como a arte ou habilidade de usar estratagemas
na política, nos negócios, nas seduções ou
similar. E também por Ansoff (1992), quando comenta
que a origem do termo estratégia reside na atividade
militar, no qual se refere a um conceito amplo e
vagamente definido de uma campanha militar para aplicar
forças de larga escala contra um inimigo.
O início da década de
90 é marcado pelo lançamento da edição do livro “The Rise and Fall of Strategic
Planning”, de Henry Mintzberg (2001), que mostra a precariedade dos conceitos e
princípios do planejamento estratégico, e marcou o início de uma nova fase dos
conceitos de estratégia. As duas metades desta década são bem distintas. Na
primeira, há significativa retomada do pensamento estratégico tendo em
consideração todas as suas limitações. Na segunda metade da década, com a
euforia da Internet, algumas empresas abandonam completamente a estratégia e
outras a tornam sinônimo de transformação do negócio. Kaplan & Norton
(1992) criam o conceito do balanced scorecard.
Nos dias atuais são
propostos novos modelos com foco na capacidade de adaptar-se à mudança, na
flexibilidade e no aprendizado organizacional. Para alguns, ter agilidade
estratégica passa a ser mais importante que a estratégia em si.
Hamel
(1995), argumenta que a estratégia é “como pensar”, é a luta para superar as
limitações de recursos através de uma busca
criativa e infindável da melhor alavancagem dos recursos.
Enquanto
para
Dixit e Nalebuff (1994) estratégia é um plano de ação
apropriado para as decisões sobre ações interativas,
assim como para Zaccarelli (2003), que complementa esse conceito dizendo que os
oponentes dessas decisões possuem reações
previsíveis.
Na visão
dos referidos autores, estratégia é um instrumento fundamental para orientar os gestores a estabelecer, e alcançar objetivos ou metas,
tomarem decisões, a fim de solucionar problemas.
Segundo
Craig (1999, p.4) “estratégia pode ser definida como sendo o tema unificador
que dá coerência e direção às ações e decisões de uma organização”. Para a
organização, as estratégias estabelecem muitos parâmetros, definem qual o
negócio em que está inserida, como deverá competir, e acima de tudo, direcionam
a empresa para o seu foco.
A estratégia empresarial é um assunto complexo, e
possui múltiplos papéis dentro da organização, sendo seu propósito primário
conferir sucesso por meio da orientação das decisões gerenciais (Rumelt;
Schendel; Teece, 1995).
Dentre os muitos conceitos de estratégia, um dos mais utilizados é o de
Wright, Kroll e Parnell (2000), que a definem como “planos da alta
administração para alcançar resultados consistentes com a missão e os objetivos
gerais da organização.”
Qualquer que seja a
definição destaca-se algumas palavras-chaves que a permeiam, entre elas: mudanças,
competitividade, desempenho, posicionamento, missão, objetivos, resultados,
integração, adequação organizacional, palavras que muitas vezes reduzem a sua
amplitude, ao serem empregadas como sinônimos dela.
Pode-se dizer que a
estratégia é como ”um padrão em uma sucessão de decisões”, essa definição
permite que o gestor examine o comportamento da organização à qual pertence e
que ao reconhecer um padrão de ações, designe de estratégia, mesmo que a
organização não tenha tais atividades de um plano que se possa chamar de
estratégia.
De acordo com Henry
Mintzberg (2000) estratégia é uma forma de pensar no futuro, integrada no
processo decisório, um procedimento formalizado e articulador de resultados e
uma programação de trabalho.
Pascale (apud Maximiano, 2004) define estratégia
como:
“O processo de selecionar oportunidades, definidas e em termos de
encomendas a serem atendidas e produtos oferecidos e, ao mesmo tempo, tomar
decisões sobre investimentos de recursos com a finalidade de atingir
objetivos.”
bom texto, obrigado!
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